Stakeholders: tudo o que você precisa saber!

Ao adentrar no universo corporativo é comum se deparar com diversos termos e temas ainda não vistos e que geram dúvidas. Dentre eles, é possível mencionar o “stakeholder”, não tão conhecido, mas muito importante em uma empresa.

O que é um stakeholder?

Criado nos Estados Unidos, pelo filósofo Robert Edward Freeman, um stakeholder, pessoa interessada, em português, é uma empresa ou pessoa impactada pelas ações de um determinado negócio.

A partir desse conceito criado na década de 1980, as empresas deixaram de se preocupar apenas com os lucros, resultados e prejuízos, e passaram a criar um valor para a marca. Dessa forma, todos os interessados, sejam eles, funcionários, clientes ou investidores, passam a ser impactados e a valorizar muito mais que os números da marca, mas também a credibilidade, nome e reputação que a empresa possui no mercado.  
Para facilitar o entendimento, você, como cliente de banco, por exemplo, é um stakeholder, já que é impactado diretamente pelas decisões dessa marca. Portanto, caso ela tome uma atitude negativa, você também sentirá as consequências dessa ação.

Cada vez mais, as decisões de uma empresa impactam seus consumidores, colaboradores e investidores, assim como, a construção do valor da marca, vai muito além dos números. É necessário gerar interesse, engajamento e construir uma imagem alinhada com os interesses e objetivos do público-alvo.

Quais os tipos de stakeholders?

Agora que você já sabe a definição de stakeholders e como eles são importantes para um negócio, é hora de descobrir quais os tipos existentes e como diferenciá-los. Confira a seguir!

Stakeholders internos ou primários: Como o próprio nome já indica, os stakeholders internos ou primários são todos os que têm maior grau de importância para a empresa, ou seja, colaboradores, sócios, clientes, fornecedores e gestores. É possível dizer que eles são as engrenagens de um negócio, essenciais para o funcionamento diário e com influência direta nos resultados.

Stakeholders externos ou secundários: Apesar de serem importantes para a empresa e pesarem na tomada de decisões, a imprensa, ONGs, governo e comunidade devem ser considerados stakeholders externos ou secundários, já que não impedem o negócio de atingir uma meta.

Vale ressaltar que o valor de um stakeholder pode variar em cada empresa. Por isso, em determinados projetos ou situações, um primário pode ser considerado secundário e vice-versa. Diante disso, é essencial considerar todos eles e tentar encontrar estratégias para agradá-los, por mais desafiador que isso seja.

Diferença entre stakeholder e shareholder

É normal que o significado de stakeholder seja confundido com um termo semelhante, o shareholder. No entanto, se tratam de conceitos distintos do mundo corporativo.

Agora que você já sabe o que são os stakeholders, fica fácil distingui-los dos shareholders, considerados os acionistas de uma empresa.  
Sabe as empresas disponíveis na bolsa de valores, por exemplo, permitindo que investidores comprem ações da marca? Então, esses indivíduos que decidem apostar no negócio são considerados shareholders.

Assim como os stakeholders, eles também são impactados caso a empresa tome uma decisão negativa ou positiva. Por isso, a marca também deve tentar agradá-los e considerar que as suas atitudes podem reduzir ou aumentar o número de acionistas e o preço da ação.

Por esse motivo, as empresas se preocupam bastante com a opinião dos shareholders, já que eles impactam diretamente nos recursos do negócio. No entanto, atualmente é notável que os stakeholders e shareholders têm se igualado quando se trata de nível de importância para uma marca.

Qual a importância do stakeholder na sua empresa?

Depois de descobrir o significado de stakeholder, já deu para perceber a importância que ele tem para uma empresa, né? Sem os colaboradores, clientes e investidores, não há como manter um negócio funcionando, uma vez que eles são os pilares de uma marca e os principais responsáveis pelo sucesso e crescimento dela.

Por isso, cada ação dos empresários deve considerar a reação dos stakeholders. Quando se trata dos clientes, a comunicação, lançamento de novos produtos ou serviços, experiência de navegação no site, canais de assistência, tudo isso faz a diferença para esses stakeholders.

Já para os funcionários, ações de endomarketing, cuidados com o bem-estar do colaborador e benefícios são apenas alguns dos fatores que impactam no dia a dia e produtividade deles, devendo também serem considerados e priorizados pela empresa.

Ao olhar para esse parâmetro fica evidente o desafio que é gerir e manter um negócio de pé, não é mesmo? São diversos fatores a serem pensados e cuidados para atingir um caminho de sucesso.

Como gerenciar um stakeholder?

Como mencionamos anteriormente, gerenciar e manter os stakeholders satisfeitos é um dos grandes desafios de uma empresa, mas há estratégias que podem facilitar essa tarefa.

Uma vez entendido quais são os stakeholders da empresa, é possível identificar o tratamento que cada um deles deve receber. Para isso, o Gerenciamento de Partes Interessadas é uma prática crucial na gestão de projetos, que ajuda a identificar, planejar, gerenciar e controlar informações sobre stakeholders, incluindo expectativas, influências, relacionamentos e necessidades.

Ficou curioso para saber como usar essa ferramenta? Então, descubra a seguir!

• Identifique os stakeholders e divida-os em primários e secundários;
• Entenda as expectativas e interesses de cada stakeholder para descobrir como melhor atendê-los e satisfazê-los.
• Faça um ranking do grau de importância de cada um dos stakeholders. Para isso, analise o impacto e influência que eles têm no negócio, assim como o nível de interesse deles.
• Desenvolva um plano de ação para mantê-los engajados e interessados pela marca, buscando manter todos satisfeitos.

Por exemplo, para os clientes, é válido identificar as principais características deles, como faixa etária, localização e gênero, além da forma como eles consomem. Tudo isso trará insights para desenvolver uma estratégia de comunicação assertiva, entendendo os melhores canais para atingi-los, a linguagem a ser usada, campanhas a serem desenvolvidas e muito mais.

Quanto melhor você conhecer o seu público, os pontos que o fizeram se interessar pela marca e como a concorrência tem os atingido, melhor e mais precisos serão os seus planos de ação. Isso vale para todos os stakeholders, basta adaptar para cada tipo.

Com isso, o que parece um grande desafio, torna-se mais simples. Além disso, conforme a empresa cresce e se posiciona no mercado, maior é o conhecimento sobre as práticas que trazem resultados positivos e negativos.